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O HOMEM QUE DEU INVEJA A SARAMAGO


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Aos 42 anos, o escritor português Gonçalo M. Tavares publicou 30 livros em uma década e tem outros dez em decantação. Uma das atrações do Congresso Cult, ele conversou com a Cásper.


Por Carlos Costa

Fotos: José Geraldo Oliveira


Uma pilha de livros de mais de metro chamava atenção na descida da escada rolante da Fnac do Chiado, em Lisboa. Era o lançamento do mais novo livro de um autor de que nunca ouvira falar, Gonçalo M. Tavares. A capa dura tinha a foto de um manequim impecável, vestido com paletó de tweed cinza, gravata preta, camisa branca, sapatos brilhando, sentado numa cadeira. Na mão esquerda, uma revista enrolada, na direita um cigarro. E o título: Matteo perdeu o emprego (Ed. Porto, 2010). Pego um exemplar para folhear, o livro é recheado de imagens de manequins, textos curtos. Compro para ler na sequência da viagem.

Uma daquelas criações que fazem o leitor querer voltar e comprar todos os livros do autor, Matteo perdeu o emprego estabelece uma espécie de jogo com o leitor, que talvez lá pela metade do livro (infelizmente de rápida leitura) descobre a sequência e o jogo propostos pelo autor. Puro encantamento.


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Gonçalo M. Tavares recebeu muitos prêmios, cumprindo o vaticínio que sobre ele escreveu o escritor espanhol Enrique Vila-Matas [à esq. foto: El Silenciero] no Magazine Littéraire: “de narrador de raça a gênio de um imenso futuro. É um escritor que não vai continuar muito mais tempo despercebido nessa Europa”. A fama do jovem escritor português já ecoa pelos comentários dos mais inesperados fãs. A atriz francesa Jeanne Moreau afirma, na capa do livro Short Movies (Ed. Caminho, 2011) que ficou de asa caída por Gonçalo: “Ele é meu escritor português favorito. Um escritor magnífico, um homem magnífico”.


A grande musa dos melhores tempos do cinema francês não está sozinha. Ao entregar o Prêmio Saramago ao melhor romance de 2005 por Jerusalém, Saramago [à dir., foto: Toni Sica] discursou: “Jerusalém é um grande livro, que pertence à grande literatura ocidental. Gonçalo M. Tavares não tem o direito de escrever tão bem aos 35 anos: dá vontade de lhe bater!”.

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Por isso foi um privilégio ser convidado por Daysi Bregantini para mediar a mesa em que Gonçalo M. Tavares se apresentou no 4º Congresso Internacional Cult de Jornalismo Cultural, no fim de maio [2013]. Após sua palestra, reproduzida a seguir, numa bela transcriação da repórter Caroline Rezende, desobedeci uma dos parâmetros apresentados por Gonçalo, o de que o jornalista não deve entrevistar a quem admira. E gravei uma longa conversa para futura publicação. Extraio dali alguns dados sobre o escritor. [abaixo Carlos Costa e Gonçalo Tavares, foto: Congresso Cult]


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Anunciado na programação do Congresso Cult como escritor angolano, Tavares se sentiu incomodado. Cidadão português nascido em Luanda, quando seu pai, engenheiro, executava ali obras viárias, logo voltou com a família para a sua cidade de infância, Aveiro, no litoral norte de Portugal. “Aos 8 anos, minha dúvida era se eu seria jogador de futebol ou se iria para a matemática pura – talvez influência da mãe, professora de matemática. Na altura, vivia em Aveiro, que possuía um excelente curso de matemática e eu já tinha uma certa intuição. Matemática era uma coisa muito intuitiva, eu lembro que eu tinha os testes todos certos. Portanto, a literatura foi ocupando espaço entre esses mundos, mas eu sempre li muito, livros de filosofia, ensaios, ciência. Minha mochila leva sempre três ou quatro livros completamente diferentes, um ensaio, ficção etc. Portanto as leituras foram algo essencial na minha formação.”


O pai, engenheiro militar, fez duas campanhas em Angola, com um projeto de construir uma ponte que consumiu três anos. “Foi com minha mãe e nesse período eu nasci, em 1970, meus pais estavam lá construindo pontes. Acho que isso me influenciou muito, é uma imagem que tenho da infância: meu pai a construir casas em Aveiro. E ele fotografava as várias etapas da obra e lembro exatamente de que, quando queria construir uma casa, a primeira coisa que fazia era abrir um grande buraco e depois, passadas algumas semanas, começava a pôr os ferros, que eram as fundações. Às vezes passados três, seis meses, é que chegava o momento de levantar as paredes, e só a partir daí é a casa começava a crescer em altura. Isso me marcou. Acredito que para se fazer alguma coisa sólida, que não abale na primeira ventania, é preciso ligar bem ao solo e sinto que o período entre os 20 e os 30 anos, que não publiquei – só publiquei o primeiro livro aos 31 anos –, foi o tempo em que criei as minhas fundações. Quando comecei a publicar, sentia certa solidez, sentia que não abanaria ao primeiro vento.


Professor universitário (dá aulas de Cultura e Pensamento Contemporâneo e de Reabilitação Psicomotora), Gonçalo se graduou em esporte, fez mestrado em pintura e o doutorado foi um encontro entre literatura e filosofia. “Foi assim uma grande confusão: esporte, pintura, matemática, as disciplinas andaram ali muito misturadas, fiz um percurso diferente [risos]. Mas minha tese de doutorado é muito literária: Corpo, Literatura e Imaginação. Foi um pouco pensar em imaginação que se cruzasse com a literatura, com o estudo do corpo, foi uma coisa muito literária, e muito, digamos, com uma pegada de Wittgenstein...”

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Muitos projetos em andamento? “Sim, eu estou trabalhando em algumas coisas mais densas, sim. Naquela fase que eu expliquei há pouco, não sei se disse isso, que eu escrevo muito e deixo maturar muitos anos. Portanto eu tenho uma ou duas coisas grandes em andamento. Para dar uma ideia, Viagem à Índia foi escrito em 2003 e só saiu em 2010, eu faço muito isso. Eu deixo um tempo para cortar...


Embriagar-se para compreender o íntimo das coisas

Por Gonçalo M. Tavares

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Há uma história da tradição cigana que diz que quando eles viajavam em carroças e encontravam um cruzamento, deviam deixar uma maçã na estrada para indicar o caminho tomado aos que viessem depois – fosse isso dali horas, dias ou semanas. Assim, a maçã funcionava tanto como marca espacial quanto temporal, pois além de dizer que caminho os viajantes haviam tomado, esclarecia há quanto tempo isso se dera – dependendo do grau de degradação da maçã.


É possível relacionar essa imagem com a cultura e a história. Eu vejo as carroças como as gerações: uma geração chega a um cruzamento e tem a responsabilidade de deixar para a seguinte uma marca indicando a direção tomada. Quando esta chega ao mesmo lugar e encontra a maçã, tem de saber ler essas marcas, saber que indicam a direção tomada – para quem não souber, é apenas uma maçã apodrecida. Por outro lado, a segunda geração tem a liberdade de não seguir no mesmo sentido da anterior, pode refletir e exercer sua liberdade de tomar o próprio caminho. Cada um de nós deve deixar marcas, maçãs nos cruzamentos indicando às próximas gerações os caminhos escolhidos, porque os elegemos e como o fizemos.

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Há aquela personagem de um escritor alemão que é um paradigma divertido nessa questão de história e cultura. A personagem é vesga, mas tão vesga que na quarta-feira olha para os dois domingos ao mesmo tempo [risos da plateia]. De certa maneira, nós todos devemos ser vesgos. Olhar para o domingo anterior é ver uma história, perceber o que aconteceu e aceitar que o mundo não começou conosco – começou muito antes. Por outro lado, temos a responsabilidade de olhar para o domingo seguinte, ou seja, ter projetos, refletir. O ideal dos jornalistas e escritores é ser vesgos. Não um vesgo espacial, mas temporal: alguém que não tira os olhos do passado, mas ao mesmo tempo tem o olhar no futuro.


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O distanciamento do jornalista

Uma questão que se impõe aos jornalistas tem a ver com a proximidade e a distância com relação aos fatos. Há uma proposta de Descartes presente na cultura ocidental: afirma que quando não percebemos uma coisa, devemos dividi-la em partes, perceber cada uma das partes, e depois juntá-las e entender o todo, numa espécie de análise. Assim, só percebemos algo se nos aproximarmos. Esta tradição é muito forte, mas há outra forma de entender um acontecimento – que comumente não é nossa forma de pensar: posso perceber uma cadeira me afastando dela, porque, assim, eu a vejo no contexto em que ela está. Se eu a olho bem de perto, vejo só suas pernas, mas sem saber se ela é a cadeira de um congresso, de um dentista, uma cadeira elétrica. Ou seja, se olhar muito de perto, não se percebe sua função. O jornalismo e a cultura têm de manter esse jogo entre proximidade e afastamento.

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Há um texto de Charles Baudelaire [à dir. foto: The Fertile Fact] que traz a ideia de se embriagar para compreender o íntimo das coisas. Chama-se "Embriaga-te" [recita a poesia].


Deve-se estar sempre bêbado. É a única questão. A fim de não se sentir o fardo horrível do tempo, que parte tuas espáduas e te dobra sobre a terra. É preciso te embriagares sem trégua. Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude? A teu gosto, mas embriaga-te. E se alguma vez sobre os degraus de um palácio, sobre a verde relva de uma vala, na sombria solidão de teu quarto, tu te encontrares com a embriaguez já minorada ou finda, peça ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo aquilo que gira, a tudo aquilo que voa, a tudo aquilo que canta, a tudo aquilo que fala, a tudo aquilo que geme. Pergunte que horas são. E o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio, te responderão. É hora de se embriagar!!! Para não ser como os escravos martirizados pelo tempo, embriaga-te. Embriaga-te sem cessar. De vinho, de poesia ou de virtude. A teu gosto.

Deixando de lado a embriaguez alcoólica, a de que fala esse texto significa entrar completamente em um fato e ver duas coisas se transformarem em uma – o objeto e o observador. Nas reportagens jornalísticas de excelência, o jornalista toma uma boa distância do acontecimento a ponto de poder captar cada aspecto e se envolver totalmente. Entretanto, o jornalista não deve nunca realizar uma reportagem sobre algo por que está apaixonado, algo que o encanta enormemente. Se fizer uma entrevista com alguém por quem está apaixonado, fere a questão da distância uniforme. O jornalista deve observar a tudo com os mesmos olhos, manter-se igualmente distante de todos.

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Hoje, com a tecnologia, uma pessoa pode estar presente pela sua imagem, pela sua voz ou por uma informação. No século XXI, presença tem menos a ver com onde estão nossos pés do que onde está a nossa atenção, nossa cabeça. Isso é fundamental na literatura. Por que preciso ir à China se posso pensar nesse país? O jornalista, por exemplo, joga muito com presença e ausência, ele é alguém que deve estar presente para ver os acontecimentos de perto e depois relatar os fatos. Mas ao mesmo tempo tem de prezar pela sua não participação na ação, pela distância, ausência – ele não pode interferir no cenário. [Foto à dir. Produtora Colaborativa]


Linguagem, escrita e democracia

Quando a escrita surgiu e foi se desenvolvendo, havia a oficial – as leis do governo – e o rascunho, a escrita individual, não oficial. Na sua origem, a escrita era a lei, era a verdade. O rascunho era qualquer coisa. Com o passar do tempo, as escritas foram se aproximando e hoje a escrita oficial está colocada ao nível de milhões de escritas individuais, de rascunhos. Uma lei de pena de morte, por exemplo, está colocada oficialmente mas, sob o formato de escrita, está em um blog na internet. Assim, vivemos uma época em que é difícil atribuirmos diferentes valores a coisas que são representadas da mesma maneira, e perceber o que é realmente importante ficou muito difícil.


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​Outra questão é a perenidade da escrita. No começo, entalhava-se o texto em pedras, árvores, ou seja, havia uma superfície e havia um objeto forte para perfurá-la. Roland Barthes [à esq., foto: Digestivo Cultural] fala sobre isso: escrever era um golpe. E era uma grande responsabilidade dar um golpe, porque escrever era como esculpir, mudava-se aquela pedra para sempre. Hoje, a nossa pedra é a internet. E o que escrevemos nessa pedra do século XXI não se apaga mais. Antigamente, escreviam-se nas pedras grandes sentenças, leis, datas de nascimento e morte, coisas fundamentais que deviam durar para sempre. No entanto, hoje escrevemos qualquer coisa na internet, e essa qualquer coisa não se apaga.

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Jornalismo e ficção são dois mundos diferentes, mas há algo comum entre eles: a utilização da linguagem. Na linguística, há uma frase de que eu gosto: “A palavra cão não morde”. Parece uma coisa muito simples, infantil, mas é fundamental para percebermos que linguagem e escrita são coisas abstratas totalmente desvinculadas da realidade. As letras e palavras dessa frase são traços que nada têm a ver com o cão propriamente dito. Isso é o mundo do abstrato. Bilhões de pessoas nascidas na China, totalmente diferentes umas das outras, são reduzidas à palavra “chineses”. Isso mostra como a linguagem pode ser violenta, realista e ficcional, ao mesmo tempo. Ter ciência disso é fundamental para jornalistas e escritores porque uma coisa é o que acontece no mundo e outra é o que digo, eu escrevo. Eu não mudo os acontecimentos, mas faço o que quero com a linguagem. Não se deve ter a ilusão de que a linguagem está ligada à realidade, porque frente a uma cena, eu narro o que me interessa, das mais sérias às mais ingênuas das situações.


Democracia é: há um acontecimento e há vários olhares sobre esse acontecimento e várias pessoas têm a possibilidade de mostrar seus pontos de vista – quanto mais olhares e frases sobre um acontecimento, mais rica a sociedade. Ao dizermos que a linguagem é objetiva e transmissora da verdade, estamos em um campo muito próximo à violência política ditatorial, que supõe a exclusão dos pontos de vista. (Texto da palestra transcrito por Caroline Rezende)

Olhos

“O ideal dos jornalistas e escritores é ser vesgos. Não um vesgo espacial, mas temporal: alguém que não tira os olhos do passado, mas que, ao mesmo tempo, tem o olhar no futuro”


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“Hoje, com a tecnologia, uma pessoa pode estar presente pela sua imagem, pela sua voz ou por uma informação. No século XXI, presença tem menos a ver com onde estão nossos pés do que onde está a nossa atenção, nossa cabeça.” [Foto à esq. Teresa Sá]


“Jornalismo e ficção são dois mundos diferentes, mas há algo comum entre eles: a utilização da linguagem. [...] Ter ciência disso é fundamental porque uma coisa é o que acontece no mundo e outra é o que digo, escrevo”


A escrita fervilhante de Gonçalo Tavares

Reino

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Um homem: Klaus Klump. Ed. Caminho (2003). Publicado no Brasil pela Companhia das Letras (2010).

A máquina de Joseph Walser. Ed. Caminho (2004). Publicado no Brasil pela Companhia das Letras (2010).

Jerusalém. Ed. Caminho (2004) Prêmio José Saramago 2005, Prêmio Ler/Millenium-BCP e Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2007 (Brasil). Publicado no Brasil pela Companhia das Letras (2006).

Aprender a rezar na era da técnica. Ed. Caminho (2007) Prêmio do Melhor Livro Estrangeiro 2010 em França. Publicado no Brasil pela Companhia das Letras (2008).


O Bairro (todos publicados pela Editora Caminho)

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O Senhor Valéry (2002) Prêmio Branquinho da Fonseca da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso

O Senhor Henri (2003)

O Senhor Brecht (2004)

O Senhor Juarroz (2004)

O Senhor Kraus (2005)

O Senhor Calvino (2005)

O Senhor Walser (2006)

O Senhor Breton (2008)

O Senhor Swedenborg (2009)

O Senhor Eliot (2010)

Epopeia

Uma viagem à Índia. Ed. Caminho (2010)

Enciclopédia (todos publicados pela Editora Relógio D’Água)

Breves notas sobre ciência (2006)

Breves notas sobre o medo (2007)

Breves notas sobre as ligações (2009)

Diversos

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A perna esquerda de Paris seguido de Roland Barthes e Robert Musil. Ed. Relógio D'Água (2004)

Histórias falsas (contos). Ed. Campo das Letras (2005)

A colher de Samuel Beckett (teatro). Ed. Campo das Letras (2003)

Livro da dança. Ed. Assírio e Alvim (2001)

Investigações. Novalis. Ed. Dífel (2002) Prêmio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores

Investigações geométricas. Teatro do Campo Alegre (2005)

Agua cão cavalo cabeça (2006) Grande Prêmio de Conto Camilo Castelo Branco

Short Movies. Ed. Caminho (2011)

Canções mexicanas. Ed. Relógio D'Água (2011)

Matteo perdeu o emprego. Porto Ed. (2010).

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Carlos Costa é graduado em Teologia pelo Instituto de los Sagrados Corazones, El Escorial, Madrid (1972); licenciado em Filosofia (revalidação de estudos) pela Universidade Mogi das Cruzes (1973); bacharel em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero (1978), mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela USP (2003 e 2007). É diretor da Faculdade Cásper Líbero, coordenador do curso de Jornalismo nessa instituição, onde também é professor titular de História da Comunicação na graduação do mesmo curso. Ministra cursos de edição de texto e de media criticism na pós-graduação lato sensu do Programa de Pós-Graduação da FCL, onde editou as revistas Líbero, Esquinas e Cásper. É autor de A revista no Brasil do século XIX: a história da formação das publicações, do leitor e da identidade do brasileiro, tema de seu doutorado (Alameda, SP, 2012, 456 p.). Atualmente faz pós-doutorado em Letras (FFLCH-USP), com supervisão do prof. dr. João Roberto Faria: uma pesquisa sobre a obra do pioneiro Manuel de Araújo Porto Alegre (1806-1879), introdutor da caricatura no Brasil, analisando sua produção como teatrólogo, historiador, pedagogo, pintor e caricaturista.

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